Press release | 18 Jun, 2012

EUA e outros países devem restaurar mais de 18 milhões de hectares de florestas

O Departamento Florestal dos EUA, juntamente com a Ruanda e uma organização brasileira, além de outros grupos locais de todo o continente americano se comprometeram a restaurar um total superior a 18 milhões de hectares das suas áreas florestais. Isto deverá injetar bilhões nas economias locais e globais e gerar inúmeros outros benefícios, segundo a IUCN.

“A IUCN está jubilante com estas importantes contribuições para as metas do Desafio de Bonn em restaurar um total de 150 milhões de hectares de terras desmatadas e degradadas até 2020,” diz Julia Marton-Lefèvre, Diretora Geral da IUCN. “A maior iniciativa de restauração jamais vista no mundo encontra-se agora em pleno andamento e proporcionará enormes benefícios globais em termos de gerar renda, garantir a alimentação e amenizar a mudança climática. Fazemos um apelo aos demais países e proprietários de terras para que façam o mesmo.”

Os compromissos foram feitos pelo Serviço Florestal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (15 milhões de hectares), pelo governo da Ruanda (2 milhões de hectares) e também pelo pacto de restauração florestal brasileiro Restauração da Mata Atlântica, uma coalisão de agências governamentais e não-governamentais, além de outras parcerias do setor privado (mais de 1 milhão de hectares) e a Aliança Mesoamericana de Povos Indígenas.

“Apesar dos anúncios poderem ser considerados, por si só, de grande significância, não podemos ficar descansados,” diz Stewart Maginnis, Diretor de Solucões Baseadas na Natureza, da IUCN. “Os benefícios de uma restauração florestal desta escala proporciona soluções baseadas na natureza para alguns dos desafios globais mais urgentes, tais como a pobreza, a escassez de alimentos e a mudança climática. Devemos apoiar os demais países e proprietários de terras para que façam compromissos semelhantes a fim de vencermos o desafio de Bonn, de restaurar 150 milhões de hectares até 2020.”

O total superior a 18 milhões de hectares significa ultrapassar 10% da meta do Desafio de Bonn, de 150 milhões de hectares. O Desafio de Bonn foi lançado em setembro de 2011 numa mesa-redonda liderada pela Alemanha, a IUCN e a Parceria Global pela Restauração de Áreas Florestais (GPFLR – Global Partnership on Forest Landscape Restoration). Naquela data, a IUCN e seus associados identificaram 2 bilhões de hectares em todo o mundo, passíveis de restauração.

A análise mais recente da IUCN, anunciada no Rio+20, demonstra que a restauração de 150 milhões de hectares injetaria mais de 80 bilhões de dólares nas economias nacionais e globais, além de fechar 11 a 17% do ‘buraco das emissões’ da mudança climática.

Os anúncios no Rio+20 foram feitos poucos dias após a IUCN e a Airbus terem-se unido para lançar a campanha online “Plante um Compromisso” (Plant a Pledge www.plantapledge.com), para conseguir apoio público ao Desafio de Bonn, através de um pedido a ser entregue pela embaixatriz da campanha, Bianca Jagger, na conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Qatar, em novembro próximo.

Notas aos editores:
O chamado ‘buraco na redução das emissões’ é um cálculo aproximado do déficit nas iniciativas de soluções climáticas, após serem contabilizados todos os esforços e compromissos para a redução de gases de efeito estufa, suficiente para evitar a elevação da temperatura global acima de 2 graus centígrados.

Porta-vozes:
Stewart Maginnis
, Diretor de Meio-Ambiente e Desenvolvimento da IUCN, stewart.maginnis@iucn.org
Carole Saint Laurent, Conselheira Sênior de Políticas Ambientais da IUCN, carsaintl@bellnet.ca
 

Para mais informações ou para entrevistas, favor contatar:
Borjana Pervan, Assessoria de Imprensa, IUCN, tel +41 798574072, email borjana.pervan@iucn.org
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